Machiavillain, um jogo para PC desenvolvido pela Wild Factor e publicado pela Gambitious, apresenta um conceito intrigante que presta homenagem a títulos clássicos como Dungeon Keeper e Prison Architect. Como entusiasta de jogos retrô experiente, consigo apreciar a sensação nostálgica que este jogo busca transmitir.
No seu cerne, Machiavillain é um jogo de administração e estratégia de mansão do mal que permite aos jogadores construir e personalizar sua própria mansão, criar monstros e armar armadilhas diabólicas para exterminar vítimas desprevenidas. O próprio enredo evoca lembranças dos clichês icônicos dos filmes de terror, adicionando um apelo extra para os fãs do gênero.
No entanto, é importante observar que, apesar de seu conceito promissor, Machiavillain deixa a desejar na execução. A mecânica do jogo e a experiência geral de jogo deixam muito a desejar, resultando em uma experiência de jogo um tanto decepcionante. O jogador frequentemente se sente frustrado e desconectado da ação, pois o jogo carece da profundidade e polimento necessários para realmente envolver e cativar.
Uma das principais falhas do jogo é sua interface de usuário ruim, que pode ser incômoda e pouco intuitiva. Navegar pelos menus e gerenciar recursos é desajeitado e confuso, distraíndo da imersão geral. Em um jogo centrado em gerenciamento e estratégia, a interface do usuário deve ser simplificada e intuitiva, permitindo que os jogadores se concentrem na própria jogabilidade.
Além disso, a falta de variedade nas mecânicas de jogo e progressão é decepcionante. Embora as fases iniciais de construir sua mansão e armar armadilhas sejam divertidas, a jogabilidade rapidamente se torna repetitiva e monótona. A ausência de objetivos envolventes ou progressão significativa prejudica a longevidade do jogo e a diversão geral.
Em uma nota positiva, Machiavillain consegue capturar a essência dos jogos retrô com seus gráficos pixelizados e estilo artístico charmosamente simples. Os visuais fazem uma referência aos jogos clássicos do passado e servem como um lembrete da Era de Ouro dos jogos. Esse toque nostálgico adiciona um certo encanto à experiência em geral, mas infelizmente, não é o suficiente para redimir as falhas do jogo.
Em conclusão, embora Machiavillain tente canalizar o espírito dos jogos retrô e entregar uma experiência única e envolvente, ele acaba ficando aquém de seus objetivos. As mecânicas de jogo sem brilho, a progressão repetitiva e a interface do usuário frustrante impedem seu potencial. Apesar de sua estética nostálgica, a experiência geral não consegue cativar e deixa os jogadores desejando uma experiência de jogo mais refinada e gratificante. Levando isso em consideração, Machiavillain recebe uma modesta classificação de 3/10.